terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Freedom Of Choice

Ir para Satolep é sempre uma aventura! Começa no ônibus, porque o espírito pelotense impregna até o mais puro ambiente. A soberba única que estas pessoas conseguem demonstrar, me causa repulsa, me fazem lembrar porque eu nunca me senti bem lá. Chega a ser irônico se não fosse digno de pena, porém a viagem teve seu lado positivo: trouxe-me inspiração para escrever.
Não sei se foi realmente a viagem ou se foi o poeta que conheci dias atrás, só sei que me veio a vontade e no mesmo instante comecei a fazê-lo, não queria perder nem uma palavra.......então aí vai:

Devaneios de uma mente insone


Já não sinto mais
Já não amo mais
Já não desejo mais

Então essa é a realidade
A lógica da insanidade

Estarei eu acordada
Ou num sonho infinito?

Objetos que se materializam ao meu redor
Reconhecidos por meus olhos
Inatingíveis por minhas mãos

Querer mas não poder
Desejar mas não desfrutar
Sentir mas não amar

Existir apenas na ilusão de viver!

.........

O maior sátiro de todos:
O Destino que junto
Ao seu irmão Tempo
Prega peças por demais
Acres aos mortais
Estes por desconhecerem
Vossas artimanhas
São presas fáceis
Débeis criaturas
À mercê de
Vossas vontades
Ó cruel dupla de pândegos
Brincam com sentimentos
Alheios
Sem o mínimo pudor
Ou cerimônia
Pois a estes dois
Palavras assim
Nada significam.

.........

E foi assim
Que acabamos
Em lados opostos:

Enquanto você era o sim
Eu era o não
Você a água eu o fogo
O zero e um
A luz e a escuridão

Complementares sim
Mas eternamente
Divergentes.

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